Como se portar e apresentar em uma entrevista de emprego

Todas as pessoas que passaram por uma entrevista de emprego tem uma história para contar e não importa se é alguém que fez para tentar uma vaga pelo primeiro emprego ou alguém que está em busca de cargo de alto nível executivo, a estrutura de uma apresentação boa é sempre a mesma. Existe uma técnica que é bem usada em todo o mundo da propaganda e do entretenimento, essa técnica é chamada de storytelling. Essa técnica nada mais é do que a arte de contar boas histórias. Isso pode ser muito útil em uma entrevista de emprego, principalmente se o objetivo do recrutador for ser lembrado entre as centenas de inscritos.

Saber contar uma boa história não é sinônimo de apenas criar uma história. A questão  é sobre o formato, a clareza e objetividade do seu discurso. Para seguir no caminho certo para a construção da apresentação ideal. 

Veja também:
Porteiro: dicas na hora de contratar
Veja como se candidatar para as vagas de Consultor Ambiental
Como se portar e apresentar em uma entrevista de emprego

Como se apresentar em uma entrevista de emprego:

Quatro perguntas são essenciais na hora de criar o seu discurso para uma entrevista de sucesso:

A primeira pergunta é: quem sou eu?

Uma frase bem conhecida do filósofo americano John Dewey diz que nós não aprendemos a partir de experiência, e sim quando refletimos sobre as experiências que vivenciamos. Essa questão é especialmente válida quando o nosso objetivo é criar uma apresentação pessoal. Até porque, antes de pensar em como contar sua história, é necessário que você descubra qual é a sua história.

Nessa etapa inicial exige uma reflexão mais aprofundada, e é de suma importância que você olhe para dentro de si mesmo para detectar o que será carne da sua história. “O que você pode destacar e sua trajetória? O que tem muito sentido para você? Quais os itens que você deseja reforçar que representa quem é você como um profissional.

A segunda pergunta é: Para quem vou contar minha história?

É claro que você jamais contaria uma história do mesmo jeito para sua colega mais próxima, sua chefe, sua avó. É óbvio que instintivamente, a forma que fala  e transmite sua mensagem muda de uma pessoa para outra.

Essa mesma lógica é aplicada ao entrevistador, é necessário reforçar o que você vai contar conforme com a pessoa que você fala e a oportunidade que a pessoa representa. Para que público é voltado naquela ocasião.

Pense que você foi um participante da associação atlética no decorrer da sua faculdade. Se a vaga  for para lidar com aspecto financeiro, você pode destacar  experiências com fluxo de caixa e administração de finanças. Mas se a vaga for voltada para área de marketing e comunicação, você pode resgatar seus aprendizados desenvolvendo e anunciando eventos para várias pessoas. Não se está falando de mudar toda a história, mas de equilibrar os detalhes.

A terceira pergunta é: o que me diferencia?

A maioria dos jovens têm experiências iguais no papel: estágio, intercâmbio, faculdade, empresa júnior, entre outras. No geral, todas experiências são únicas e de forma individual. 

De acordo com Gabriel, o esforço aqui deve ser voltado para a procura do que você fez de diferente em suas experiências. De que forma enfrentou seus desafios ou modificou algum processo. De que forma, buscou e aproveitou suas oportunidades. 

A quarta pergunta é: qual a minha história é congruente?

Toda boa apresentação pessoal necessita também de uma revisão, principalmente em termos de história. “ Vemos bastante jovens que trazem pontos inconsequentes em suas histórias”, relata Gabriel. “Dizem que desejam realizar algo mas nunca tiveram interação com o tema e a primeira coisa que desejam realizar na área é o emprego.

As mensagens equivocadas que uma história inadequada transmite podem levar um contratante a assumir que você está criando aquele interesse na hora ou que não necessariamente não demonstra interesse na vaga, por exemplo. Resumindo: ao chegar para uma entrevista de trabalho, você demonstrar interesse, deixe claro que eles acharão respaldo nas coisas que você está falando.

Caso não encontre respaldo na história, não tente inventar. Em vez de criar, corra atrás. Terá benefício  duplo: e ainda se envolve realmente com o que te interessa, seja por meio de curso online ou trabalho voluntário em algum projeto ou organização. A mensagem que você passa ao entrevistador será ainda mais objetiva e clara.

É importante lembrar que há vários estilos de contratantes e várias técnicas de entrevistas, algumas delas bem agressivas. Quando esse é o caso, o contratante vai colocar em contradição as informações que você trouxe, cruzá-las e procurar inconsistências. Porém, contar com um discurso afinado é essencial, é ideal que não haja  invenções. 

Veja outras dicas para uma boa apresentação pessoal

Você precisa contar uma história marcante

Depois da entrevista uma centena de jovens, é compreensivo que os entrevistadores apresentam- se bem cansados. Contar uma história boa portanto, deixam sempre o entrevistador bem mais atento.

Contar uma boa história sem apenas falar do seu currículo tem a possibilidade de aumentar suas chances de ser lembrado.

Uma história bem criada sempre traz uma ação. Nesse caso, um excelente recurso pode ser muito útil e trazer itens emocionais que auxiliam no reforço de sua história. Esse recurso é o storytelling.

Não é para deixar seu discurso dramático e sentimental, isso está descartado, a tática é para mostrar situações reais onde você conseguiu um excelente desempenho. Já a ferramenta STAR, que foi mostrado no outro texto, auxilia na reflexão sobre os seus resultados e desafios no desenvolvimento de uma entrevista de trabalho. Esse método é aplicado em vários processos de seleção inclusive na escolha para o disputado programa de bolsas de estudo da Fundação Estudar, intitulado de Líderes Estudar.

Traga elementos únicos

Na hora de se apresentar para uma entrevista de trabalho de forma a pensar quem você é realmente, invista nela de forma que não apenas sua trajetória, mas seu valores também, seus propósitos e sua marca pessoal.